Constelação Familiar
- I.L.A.
- 6 de fev. de 2018
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Constelação familiar é uma abordagem de terapia breve, criada por Bert Hellinger, um alemão nascido em 1925. A partir de suas observações ele percebeu que existe no sistema familiar uma transgeracionalidade, onde “o sujeito não apenas depende de seus pais, pelos quais são influenciados e marcados de muitas maneiras, como também eventualmente se enredam nos destinos de outros membros da família” (HELLINGER, 2005, p. 9), de modo que a família é unida e dirigida por uma “alma” em comum e esta relação obedece a ordens inconscientes (HELLINGER, 2005).
Membros da família podem de alguma forma se identificar com outros membros, “frequentemente de gerações anteriores, que foram “excluídos” ou que tiveram um percurso de vida sofrida ou um “destino” infeliz” (TROTTA, 2011, p. 1). Quando ocorre à exclusão de um dos elementos do sistema, gerações seguintes emaranham-se com este membro, identificando-se com ele, tentando, de algum modo reintegrá-lo” (BRAGA, 2009, p. 278).
Como é feita?
Primeiramente o paciente traz a demanda e o constelador faz algumas perguntas como forma de complementar a informações trazidas utilizando breves perguntas para desenvolver uma hipótese do emaranhamento e verificá-la durante o processo, porém quanto menos os expectadores souberem mais será convincente o processo para o paciente. Feito isso o paciente escolhe representantes na plateia para representar os familiares que o constelador indicou, sendo normalmente pessoas mais íntimas do convívio, como pais, irmãos e avós, e os posiciona de acordo com a sua imagem interna, vale ressaltar que estas pessoas escolhidas são desconhecidas para o paciente.
Feito o posicionamento ocorre um tempo de concentração e logo após o constelador questiona os representantes sobre o que estão sentindo, sintomas corporais e eventualmente pode pedir que se movimentem ou sigam os impulsos corporais e são nestes momentos que o paciente “toma o conhecimento que a alma do cliente tem sobre sua família e as forças que nela atuam tornando-se visível e experimentável para o próprio cliente, o terapeuta e todos os participantes do grupo” (SCHNEIDER, 2007, p. 15). Durante este processo podem ser incluídos novos representantes podendo ser estes os excluídos do sistema familiar e este processo vai ocorrendo até desenrolar todas as questões que aparecerem. Schneider (2001) relata que quando a dinâmica e o caminho da solução ficam claros, o cliente é muitas vezes introduzido pessoalmente na constelação para sentir, em seu próprio lugar, o sistema reconciliado ou reordenado.
A quem se destina?
Em suma a constelação sistêmica familiar se destina a todas as pessoas que desejam trabalhar alguma questão seja esta amorosa, desequilíbrios emocionais, questões familiares, dificuldades financeiras, dificuldades de aprendizagem, questões organizacionais, entre diversas outras questões que podem surgir, sendo que o atendimento pode ser grupal como explicitado anteriormente ou individualmente onde os representantes são representados por bonecos.
Referencias Bibliográficas
BLUMENSTEIN, Michel. Consultoria organizacional aumentar a aceitação: constelações organizacionais – um novo método no desenvolvimento de organizações. Tradução Susanna Berhorn de Pinho. Graz: 2004.
BRAGA, Ana Lucia de Abreu. Psicopedagogia e constelação familiar sistêmica: um estudo de caso. Rev. psicopedag., São Paulo , v. 26, n. 80, p. 274- 285, 2009 . Disponível em <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84862009000200012&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 29 maio 2017.
HELLINGER, Bert. Religiao, psicoterapia e aconselhamento espiritual. 1° ed. São Paulo: Pensamento-Cultrix, 2005. 179
SCHNEIDER, Jakob Robert. A prática das constelações familiares. 1. ed. Minas Gerais: Atman, 2007.
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